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terça-feira, 29 de abril de 2008

Padre voa com balões de festa de criança e agora precisa de um milagre de "Deus"



Um padre maluco resolve realizar um sonho enrustido de infância, e se agarra a algumas centenas de balões de festa e sai voando. O padreco pirado voa em meio a um tempo ruim, com umas barrinhas de cereal e água, e deixa o resto por conta de Deus. Será que queria encontrar Deus em um milagre? Se queria um milagre, o milagre pode ser o ciclo de vida e morte, e que encontrou seu fim na morte. Eu prefiro chamar isso de burrice; de loucura patrocinada pela crença inveterada em um Deus que é mais humano do que ele imagina.

Tem louco para tudo nesse mundo, eu mesmo sou suficientemente louco para algumas coisas; mas, definitivamente, bem são para saber morrer de uma forma , digamos, menos estúpida. Imbecis morrem assim, a normalidade, a fatalidade, é outro caso. Vi devotos morrerem mais dignamente, tipo aqueles que fogem pela janela enquanto a inquisição entra pela porta, e cai no chão, continuando correndo com as pernas ferradas. Mas desse jeito? Voando para Deus? Ai, ai...essa gente é mais biruta do que uma cadelinha da raça pinscher que eu deixei cair algumas vezes de cabeça no chão e ficou lé-lé da cuca.

A desculpa do padre “baloeiro” era a caridade. Arrumar dinheiro para os projetos sociais da igreja. Outra insanidade. Não sei o que leva essa gente a abandonar os prazeres da vida terrena em nome de um paraíso que nem me parece tão atrativo assim. Lá não tem bebida, não tem sexo luxurioso, nem mesmo um heavy metal para agitar. Todo mundo em paz, empregado numa indústria de caridade, dependendo de um amor divino que nunca vi mais gordo, e rezando missas dominicais por toda a eternidade. Que asco...vontade de vomitar!

Toda a imaginação e sonhos dos primeiros cristãos, e dos medievais, não foram capazes de criar um atrativo paradisíaco como os que vemos no mundo hoje. Acho melhor a liturgia cristã começar a contratar alguns bons roteiristas de cinema para melhorar essa imagem do paraíso. O céu precisa ganhar mais néon, umas purpurinas, uns bares temáticos, anjos roqueiros e santas menos santificadas; senão a coisa vai descambar para um deserto tedioso nas nuvens.

Esse país, herdeiro do sectário povo português e de uma legião de igrejas reformistas, que reformam prédios velhos, e constroem templos no estilo grego para cultos orientais; é uma vergonha. Sinto por eles; sinto vergonha por eles e medo que um filho meu caia nessa cilada metafísica. Mas fazer o que? Vamos ironizar para não estressar muito, porque a vida real está aí, e ao alcance de todos. Melhor ganhar uns prazeres desse tempo de vida, do que viver sem tempo e com medo da vida nos templos dos Deuses.

Ah! E esse padre, se o encontrarem, ainda dirá que foi um milagre. As devotas que ensaiam missas para ele, vão ter mais certeza do paraíso do que antes. Bem provável que a paróquia ganhe mais recursos da comunidade para realizar suas obras e impedir que esse louco volte a procurar Deus acima do teto da sua igreja. Mas pensando bem, pode ter pastores, que para não ficarem para trás, aventurarão pelo Himalaia; procurarão Deus em um mergulho de um fôlego só na fossa do Atlântico; ou se prenderão num foguete rumo ao espaço sideral. Eles que não leiam isso, se bobear, gostam da idéia e vamos ter mais uma notícia chata na tv. Vai que a moda pega... 

quinta-feira, 17 de abril de 2008

jesus negão libera o badaró

ESSA EU NÃO RESISTI, JÁ TINHA VISTO ANTES, E LEMBREI HOJE. PARA QUEM AINDA NÃO OUVIU, ESTÁ AÍ: A LETRA ABAIXO, E NO FINAL O VÍDEO DO YOUTUBE.

Composição: Marcio Nigro e Tomas Kenedi

Presidiária do Caramuru, a fronteira final...
Diário de bordo, data estrelar 3 4 do 3 do 2 do 1
Pavilhão 9, quadrante treze, esquina com Avenida das Alamedas,
467, fundos, falar com dona Ivete após às 16.
Os mano audaciosamente indo aonde nenhuma Adriana jamais
Esteves
Aí fei, aqui é o Primo Preto falando véi, vocalista dos Números
Racionais MC ao quadrado. Sobrevivente do Massacre de Itapuã,
nêgo.
Segundo os estudos realizados nas faculdades
universitárias de Massaxussestis:
A cada 39% dos nêgo que nascem nessa cidade são pretos.
4% dos 7% dos nêgo que estudam nas faculdade são preto.
A cada 2 crianças que nascem nêga, uma morre preta.
80% dos nêgo preto morrem queimado nêgo.
Conheci um cara que se chama Jesus
Por expor suas idéias, enforcaram-no na cruz
Jesus Negão
Jesus Negão, sangue bão...
Segundo os dados da Ceagesp de Santa Catarina:
7% dos brancos divididos por 7% dos nego dá 7 pretos.
4 vezes 15 preto dá vinte nego.
30% dos preto que morrem na sociedade são verde.
12% da sociedade inteira branca é nega.
50% dos pai preto com mãe nega dá filho preto.
25% da sociedade é preta.
75% da sociedade também é preta.
Tudo é preto.
Nêgo é preto.
Corinthiano, maloqueiro e sofredor, mano!
Jesus é um grande cara e bate um bolão
Só não veio hoje porque tá pregadão
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!), sangue bão...
Ae mano, Jesus é o senhor – Ae mano Jesus é o senhor!
Não, não mano, Jesus é o senhor – não Jesus é o senhor e ta falado
Não, Jesus é o senhor – Não, ta ligado, eu li a bíblia e Jesus é o senhor!
Não, Jesus é o senhor – NÃO JESUS É O SENHOR CARALHO!
É o senhor mano – Ta bom, sou eu mas não conta pra ninguém, valeu mano.
Segundo o Indifolha-se:
o melhor disco dos Beatles é o Álbum Branco
e o pior disco do Metallica é o Álbum preto.
Nos Estados Unidos da América a cada 10 nêgo
5 jogam num time e 5 jogam no outro.
De todos os nêgo entrevistados, 50% acha que é preto,
50% acha que é nego e os outros 45% mandaram
eu tomar no cu e roubaram minha carteira.
É pau é preto é o fim do caminho, mano.
Eu sou primo preto, amigo dos preto, nêgo e soberano!
Jesus é mano véio, cabelo Brack Power
Bola de três dedo, conhece o Beckenbauer
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!)
Jesus Negão (é, é amigo, é!), sangue bão... (Obrigado, muito obrigado moço, muito obrigado viu moço)
Edson Arantes do Nascimento, João do Pulo, Zezé Motta, Jorge
Lafon, Tia Anastácia, Grande Othello (Obrigado), Lady Zu, Tony Tornado,
nego-ciação, só nêgo são (muito obrigado viu moço), Oswaldo Montenegro, Fernanda Montenegro, Walter Negrão, Marcelo Negrão, Darth Vader, Sivuca, Hermeto Pascoal, Diamante Negro, Sharon Stone (gostosa), fuscão
preto, caixa-preta, buraco negro, quadro-negro, Malcom 10, Martin
Luther King, Dom King, Larry King, King Kong, kung fu, pato
fudeu, ó os homê aí, mano!
Jesus Negão
Sangue bão!(muito obrigado viu moço!)

quarta-feira, 16 de abril de 2008

ONDE OS FRACOS NÃO TÊM VEZ


Onde os fracos não têm vez, é um daqueles filmes tipo “Era uma vez no México”,"Coisas para fazer em Denver quando você está morto", e outros, que criam um mundo de violência absurda e empolgante dentro do mundo real. O título foi baseado em um poema de W.B. Yeats. Possui personagens muito interessantes, como o delegado que é quase impotente ou indiferente ao que se passa ao seu redor (e olha que não é pouca coisa que se passa); um psicopata, que por incrível que pareça, não vem acompanhado com nenhuma daquelas batidas análises psicológicas que o diretores adoram trazer às telas; um caçador sem o que fazer que está sempre no local certo/errado, e faz o que todos fariam/não fariam; traficantes “cucarachos” que, quando aparecem em cena, estão mais mortos do que vivos; um assassino profissional que de profissional só tem o amor à grana, mas que morre antes de dar um tiro. Falando em grana, a grana é só o ponto que gira o resto, e deixa de ter importância para o telespectador quando a trama ganha corpo. Isso tudo entre os EUA e o México, e com todo mundo ou fugindo, ou buscando algo ou alguém; e no final não achando nada além do vazio ou a morte certa, porque lições de moral não há nesse filme. É a violência e loucura em um mundo semiparalelo por si só. E chega! Uma versão dois desse filme, me faria sair pelas ruas em busca de alguns milhões de dólares e muito sangue, em meu universo análogo.

Ganhou 4 Oscars, nas categorias de Melhor Filme, Melhor Diretor, Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro Adaptado. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Fotografia, Melhor Edição, Melhor Som e Melhor Edição de Som”.

 

“Ganhou 2 Globos de Ouro, nas categorias de Melhor Ator Coadjuvante (Javier Bardem) e Melhor Roteiro. Foi ainda indicado nas categorias de Melhor Filme - Drama e Melhor Diretor”.

sexta-feira, 11 de abril de 2008

QUE TÉDIO, CAROS AMIGOS...


Diante dos inúmeros pedidos (3 personas), que fatalmente caíram do céu, ou afocinharam suas narinas curiosas, e ao mesmo tempo desinteressadas em aprofundar-se nessa minha Terra Dayrelliana; vou tentar abalançar meu senso de humor para ver se o censo crítico aumenta proporcionalmente ao meu desabafo semi-deseperado de crítico da ditadura da esquerda-politicamente correta-paternalista-hipócrita como eu e vocês, sapiente da "insapiência" dos outros e não da própria - e etc, que como “etc” serve para tudo que rompe com o nexo de idéia, e etc, etc, etc...tudo ligado...vagões de trem, como o próprio “trem” dos mineiros; vale para tudo. Confesso que não estou muito inspirado, mas sempre dar-se um jeito de mexer no clitóris da boa, feliz e bem humorada glândula do humorismo sarcástico humano, para que esse goze num jato aquático e libidinoso.

Hoje, aguardava um professor meu – primo por sinal – para entregar-lhe as primeiras pinceladas de minha monografia de conclusão de curso de direito. Esqueci de uma anterior, e a anterior como precedente, permaneceu como prelúdio para uma negativa seca do mestre. Na prelação, conversei com pessoas que não gastaria um abecedário de idéias se não fossem passa-tempo. Mas passar o tempo, é - como dizem - tão relativo quanto a relatividade do conceito de bem. Algum bem farei eu, ao me calar, mas sou um falante,tagarela mesmo (devia ser um pregador cristão, ou um radialista fadado a dizer o que todos ouvem para passar o tempo). Mas pensando um pouco mais, sou desde já, um radialista e pregador do tempo. Prego o que erradia entre os mortos. Mas os mortos têm ouvidos; se escutam ou não, é outra questão.

Quanta baboseira para organizar minhas idéias!!!

Ouvindo Beatles, alguma nostalgia contagia, e contagiado, entrego-lhes um poema sarcástico e semipornográfico. É questão de postar para não postar o que devia postar e que para postar precisaria de um trabalho que ainda não me posto adequadamente para posta-lo. Mas se a segurança da minha censura, e suas amarras frouxas (feito orifício de damas da noite), permitirem; postarei, mas podendo deixar de postar quando a censura sã abater sobre o orifício que atende pelo nome de cérebro de... Olha a caganeira aí! E esqueçam o mais breve possível do que leram. A leitura de idéias vagas desse que lhes fala, e que vive nas raias da loucura, é um bom retrato ao espelho, não acham?

Já o poema fica para a próxima postagem porque enquanto falo essas coisas, o procuro, e, definitivamente não achei um menos pornográfico, mas muitos biográficos, autobiográficos; amarrotados; e ainda alguns que eu preferiria que fosse de Gregório de Mattos. Isso porque mortos não são acusados por crimes, e se são, não encontram punição. Talvez, morreria se a natureza me desse o poder de dizer tudo que gostaria verdadeiramente de falar. Mas acreditem, sob o efeito da cafeína, rhoypinol, nicotina e umas doses de vodca, é o que resta do raio-x da minha torre cerebral.

Decepcionados? Eu não! To mais feliz do que crente depois de pagar o sermão que faz montanhas de dinheiro em cuecas de pastores excitados.

ALELUIA!

quarta-feira, 9 de abril de 2008

UMA TRAGÉDIA OU UMA CANÇÃO MORTUÁRIA?


Na esteira mortuária da última postagem, trago mais um fantasma cultural, que paguei caro a Caronte para traze-lo pelo inferno e purgatório das almas. Seu nome? Jeffrey Scott Buckley, mais conhecido como Jeff Buckley. Cantor, instrumentalista e compositor americano. Citei propositadamente o purgatório, não poderia ser outro o lugar. A música de Buckley apesar de rica em harmonia e melodias sutis, não era ouvida nem pelos entusiastas do som dito “alternativo”; nem pelos apreciadores da música tida como “sofisticada”. Isso, porque Jeff Buckley estava fadado ao purgatório em Terra; considerado por muitos, uma das vozes mais poderosas do mundo do rock, e ainda o guitarrista que fazia do solo a base simples e vice-versa com tanta naturalidade que para ele, bastava um efêmero baterista, e um baixista que soubesse bambolear um dedo. Ele sempre ouvia as pessoas falarem do seu pai, mas nunca conseguiu vê-lo como seu pai, ele dizia quando perguntaram o que ele achava do pai que morrera pouco depois dele ter nascido: “Não posso tecer opinião sobre alguém que conheci em uma semana na vida”.

Sua discografia é ridícula: Apenas um álbum comercial, chamado “Gracie”. Mas não se enganem; a intensidade de cada acorde; de cada letra; de cada nuance de tom de voz; levam o ouvinte a dezenas de estados de espírito em uma mesma música desse álbum; e suas performances são celebradas até hoje em DVDs póstumos.

A biografia do Mr.Buckley é uma verdadeira tragédia grega. Começa com o fato de ser filho de um artista já renomado, Tim Buckley, com um pai cantor famoso, ele se dedicou à guitarra, estudando em consagradas escolas para guitarristas, mas sempre ignorando a parte vocalizada da música, para evitar as comparações. Com a guitarra ele tinha uma ligação tão íntima e produtiva, que chegou a dizer que “um guitarrista tem uma orquestra em suas mãos”.

Em uma noite de homenagens ao seu falecido pai, ele espanta a todos cantando (1991). Ficando, todos pasmados com o seu talento vocal. Passou por bandas sem expressão, chegando às vésperas de assinar com uma grande gravadora por uma delas, e deixando-a pouco antes de assinar o contrato. Segue em carreira solo por bares e pequenas casas de show, até conseguir lançar seu primeiro e único álbum comercial em 1994. “Gracie” foi recebido com frieza pelo mercado, excetuando-se os admiradores ilustres de sua obra, entre estes estavam: Chris Cornell, Jimmy Page, Paul McCartney e Bono Vox. O pouco sucesso do álbum é compensado pelas performances em palco. Sempre com muito sentimento aflorando de forma vertiginosa e caudalosa nos shows.

Pelo contrato, ele deveria apresentar outro álbum em 1996; pressionado e vendo que o resultado não estava bom (ele era perfeccionista); Jeff resolve cancelar tudo. Isola-se para compor um novo álbum. Composições feitas, chega o dia das gravações. Ele liga para os integrantes da banda, e marca o dia e hora para gravar.

No vigésimo nono dia do mês de maio de 1997, dia da gravação, Jeff e um amigo dirigem rumo ao estúdio. Jeff resolve nadar em um dos afluentes do rio Mississipi. Enquanto o amigo voltava para o carro para guardar algumas coisas, via Jeff entrando n’água e cantarolando uma música. Depois de guardar as coisas, ele olha e já não vê Buckley. Ele desaparecera assim como surgira.

“Então... os sinos da torre da igreja tocaram
         Queimando vestígios dentro desse meu coração
        Pensando bastante nos seus delicados olhos e na memória
       Dos seus suspiros. Está tudo acabado, está tudo acabado...”

Contava 29 anos, e tinha pouco mais de 3 anos de atividade profissional. As suas composições para o segundo álbum foram terminadas em estúdio depois da morte dele. Mas provavelmente não expressam todo o conteúdo que ele traria para o álbum, Sketches for My Sweetheart the Drunk. Na música “Gracie” ele diz: “Eu não tenho medo de ir mas estou indo lentamente”; mal sabia ele que estava indo tão rápido que pouco, o mundo, pôde senti-lo.

Sugestões de músicas para ouvir:

  1. lover, you should’ve come over 
  2. Everybody Here Wants You
  3. Hallelujah by Jeff Buckley
  4. Dancing In The Moonlight
  5. Last goodbye
  6. Farewell Angelina
  7. Eternal Life

terça-feira, 8 de abril de 2008

PROMETEU ACORRENTADO



E não foi outro, senão tu, ó prometeu!
Que atreveste a dar-nos o que com as mãos,
Com certeza, não tocaríamos, pois éramos sãos.
Mas em tua loucura fazemos orgias num altar teu.


De tuas dores compadecem todos os mortais.
Teus gemidos são sentidos nos corações de todos.
E até Oceano emergiu dos mares abismais,
Para agraciar um amigo com fraternos consolos


É verdade que teus presentes nos são muito favoráveis,
Mas a desgraça que o abate no alto deste monte,
Não é apaziguado nem pelos apelos mais amáveis,
Nem pelos prantos de camaradas que estão longe.


Mesmo com tantas súplicas ao teu poderoso amo,
O seu servo prossegue inconsolável no teu sofrer.
Sofre Io, e padece até mesmo o mandatário Vulcano,
Pois aqui ainda conservar-se a tua vida a perder!


Júpiter alcançou a sua perversidade máxima,
Reinando tirânico em teu olímpico átrio
Depositando um par neste cativo calvário,
 Que cruel pai! Que regência Malíssima!



segunda-feira, 7 de abril de 2008

EL GRECO IN MEMORIAM


Neste mesmo dia (7 de abril), há quase 400 anos, morria “El grego”. Arquiteto, escultor, mas principalmente conhecido por ser um dos maiores pintores que o mundo já viu. De estilo único, especial em sua singularidade métrica e verticalizada; sua dramaticidade fantasmagórica, que refletia, e, principalmente, convergia perfeitamente o ambiente medieval anterior; as tradições greco-bizantinas, e romana-renascentistas.


Não vou me estender muito. Não ousaria tentar escrever ou pronunciar o nome dele, mesmo porque, como clareia o apodo, ele era grego da ilha de Creta, portanto cretense. E,  convenhamos,  o grego só serve para quem é grego; não sou grego, amo-os, mas prefiro língua de boi à língua grega. De grego, além das heranças culturais e do plano do conhecimento, talvez só se salve a culinária.


A primeira vez que tive contato com a obra dele foi em gravuras de um conjunto enciclopédico dos maiores pintores do mundo, que um tio meu possui. Eu sempre ficava maravilhado com a sua obra, e por esta razão, dedico essas linhas para relembrar a sua imagem e obra. Em outras postagens falarei de outros pintores que mais me apetecem. Mas acima de tudo, El greco, era um homem sem raízes, talvez se possa sentir isso em sua própria obra.

P.S: Vale a pena também assistir o filme el greco também.

O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford



O assassinato de Jesse James pelo covarde Robert Ford, ou no original: The Assassination of Jesse James by the Coward Robert Ford, é um filme no mínimo estranho. Além de ser uma releitura que possui pelo menos três anteriores. Por um lado, nos traz um clima de filmes do velho oeste; por outro, segue com cortes e retrospectivas típicas dos experimentalistas que hoje já estão dentro do mundo do cinema. Um filme bem bolado, mas não esperem por surpresas, e sim por alívio. Não há surpresas mesmo nesse filme: o assassino de Jesse já é denunciado no título do próprio filme; a trama torna-se angustiante depois da primeira hora e você só pensa na hora da morte de Jesse, porque o filho de uma égua cagona não morre, e o Zé borrão do Bob não mata nem mosquito, e quando mata, faz em um desespero, e em defesa própria e do irmão, ou amigo, já não me lembro mais. Cheguei num ponto que já imaginava eu, matando o Jesse e depois torturando o Bob Covardón, e dizendo: “Seu filho de uma paca, vou te enterrar vivo no mesmo caixão do seu Jesse!!!”; “Quando você se masturba você enrola tanto assim, sua pulga de pinto!!!”. “Matasse logo que eu te daria até um doce”.

Mas, meus caros, o que melhor me regozijou nesse filme, foi a história em si. Para quem não sabe, e aliás, acho que todos vocês não sabem, é que  Jesse James realmente existiu. E era mesmo um fora-da-lei, mas o engraçado é que ele era um fazendeiro antes de ser bandidão, e quando uma companhia de trem iria atravessar uma ferrovia pela propriedade dele, ele resistiu, mas acabou saindo à força. Sua mãe morre; ele fica sem o rancho; sem grana; possui apenas uma cara de bandido, e posso até ver a cena dele na frente do espelho, e dizendo para si mesmo:

“Jesse, você é feio pra caralho. Tem uma cara de MARVARDÃO, rico você só será, se de hoje em diante você se tornar um fora-da-lei!”

Até rimou, hein? Bom, o cara é uma lenda lá nos States. Até aqui no Brasil teve novela que apresentou ele num personagem à la tupiniquim’s novel. Só lamento não ter tido mais cenas de mulher pelada e umas cachaçadas. Mas aí é pedir demais, o filme não é uma porno-chanchada.

E quanto ao alívio. É só quando o Jesse morre mesmo, e digo a vocês, nunca desejei tanto que alguém morresse logo em um filme.