
E não foi outro, senão tu, ó prometeu!
Que atreveste a dar-nos o que com as mãos,
Com certeza, não tocaríamos, pois éramos sãos.
Mas em tua loucura fazemos orgias num altar teu.
De tuas dores compadecem todos os mortais.
Teus gemidos são sentidos nos corações de todos.
E até Oceano emergiu dos mares abismais,
Para agraciar um amigo com fraternos consolos
É verdade que teus presentes nos são muito favoráveis,
Mas a desgraça que o abate no alto deste monte,
Não é apaziguado nem pelos apelos mais amáveis,
Nem pelos prantos de camaradas que estão longe.
Mesmo com tantas súplicas ao teu poderoso amo,
O seu servo prossegue inconsolável no teu sofrer.
Sofre Io, e padece até mesmo o mandatário Vulcano,
Pois aqui ainda conservar-se a tua vida a perder!
Júpiter alcançou a sua perversidade máxima,
Reinando tirânico em teu olímpico átrio
Depositando um par neste cativo calvário,
Que cruel pai! Que regência Malíssima!
Nenhum comentário:
Postar um comentário