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segunda-feira, 13 de abril de 2009


sábado, 7 de março de 2009

Hieronymus Bosch























































































quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

A DOR (AUGUSTO DOS ANJOS)

Chama-se a Dor, e quando passa, enluta
E todo mundo que por ela passa
Há de beber a taça da cicuta
E há de beber até o fim da taça!

Há de beber, enxuto o olhar, enxuta
A face, e o travo há de sentir, e a ameaça
Amarga dessa desgraçada fruta
Que é a fruta amargosa da Desgraça!

E quando o mundo todo paralisa
E quando a multidão toda agoniza,
Ela, inda altiva, ela, inda o olhar sereno

De agonizante multidão rodeada,
Derrama em cada boca envenenada
Mais uma gota do fatal veneno!

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008


Vês?! Ninguém assistiu ao formidável 
Enterro de tua última quimera.
Somente a Ingratidão - esta pantera -
Foi tua companheira inseparável!

Acostuma-te a lama que te espera!
O Homem que, nesta terra miserável, 
Mora entre feras, sente inevitável
Necessidade de também ser fera

Toma um fósforo, acende teu cigarro!
O beijo, amigo, é a véspera do escarro.
A mão que afaga é a mesma que apedreja.

Se a alguém causa ainda pena a tua chaga
Apedreja essa mão vil que te afaga.
Escarra nessa boca de que beija!

AUGUSTO DOS ANJOS.

sábado, 22 de novembro de 2008

Um urso...

domingo, 2 de novembro de 2008

MANUAIS PERDIDOS

Esse site oferece Manuais de centenas de produtos eletrônicos. Ótimo para quem perdeu aquele manual do usuário: MANUAIS.

terça-feira, 28 de outubro de 2008

CONFISSÃO - Por C. Bukowski


CONFISSÃO  
Por C. Bukowski

Esperando pela morte como um gato
que vai pular na cama  
sinto muita pena de minha mulher  
ela vai ver este corpo rijo e branco  
vai sacudi-lo talvez  
sacudi-lo de novo: "Hank!"  
e Hank não vai responder  
não é minha morte que me preocupa,  
é minha mulher  
deixada sozinha com este monte  
de coisa nenhuma.  
no entanto eu quero que ela saiba  
que dormir todas as noites a seu lado  
e mesmo as discussões mais banais  
eram coisas realmente esplêndidas  
e as palavras difíceis  
que sempre tive medo de dizer 
podem agora ser ditas:  
eu te amo.

domingo, 26 de outubro de 2008

sábado, 25 de outubro de 2008

Monty Python - O sentido da vida


Os britânicos do grupo comediante, Monty Python, realizou um filme no começo da década de 80, chamado “Monty Python – O sentido da vida”. É um filme satírico dividido em episódios nos quais abordam assuntos basilares da vida humana como morte, Deus, família, economia, moral, política, guerra, sexo, e, é claro, o sentido da vida. Cada episódio trata de um tema diferente sob a ótica do cotidiano e das banalidades da vida.

É bem atual o primeiro episódio. Nele vemos uma seguradora que emprega vários velhos em sua contabilidade. Para fiscalizar o trabalho duro desses senhores, a seguradora mantém jovens elegantes. O ambiente é sufocante e ordeiro. Após uma demissão, os senhores se rebelam contra os jovens e a vida laboral. As cidades que são formadas como ilhas, e os prédios como navios remetem sempre ao mundo financeiro. Neste universo de quimera, os velhos levantam âncora e saem como piratas pelos mares das finanças em busca de ilhas financeiras da onde possam tirar os seus dividendos. Por mais estranho que pareça, o filme nos faz pensar na loucura da vida cotidiana e torna-se bem atual após ¼ de século.

Sugiro que assistam ao filme. Além de ser uma comédia de ótima qualidade, com tiradas surpreendentes e inteligentes que nos fazem meditar sobre a vida, é também um filme eclético quando mistura comédia, drama, musical e animações. Estas últimas lembram muito animações que vemos em clips de bandas reconhecidas como Oasis, e em programas de TV.  

Dois outros filmes da série são igualmente recomendáveis: A vida de Brian e Monty Python e o Santo Graal. 

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

25 MINUTOS PARA IR.

Bem eles estão construindo forcas do lado de fora da minha cela, tenho 25 minutos pra ir.
E a cidade toda está esperando para me ver gritar, tenho 24 minutos para ir.
Bem, eles me deram alguns feijões para minha ultima refeição, tenho 23 minutos pra ir.
Mas ninguém perguntou como eu me sentia, tenho 22 minutos para ir.
Bem eu mandei para o Governador e todo seu grupo solitário com 21 minutos pra ir.
E mandei pro prefeito, mas ele saiu pra almoçar, tenho 20 minutos pra ir.
Então o xerife disse, cara vou te ver morrer, tenho 19 minutos pra ir.
Então eu ri na sua cara e cuspi nos seus olhos, tenho 18 minutos pra ir.
Ai vem o padre pra salvar minha alma, com 13 minutos pra ir.
E ele está falando sobre queimar, mas estou com tanto frio, tenho 12 minutos pra ir.
Agora estão testando a armadilha e faz minha espinha tremer, 11 minutos pra ir.
E a armadilha e a corda, funcionam bem, tenho mais 10 minutos pra ir.
Bem, estou esperando pelo perdão pra me deixar livre, com 9 minutos pra ir.
Mas isso é pra valer, então podem esquecer de mim, tenho 8 minutos pra ir.
Com meus pés na armadilha e minha cabeça no laço tenho mais 5 minutos pra ir.
Não vai vir alguém e me soltar com 4 minutos pra ir.
Eu posso ver as montanhas, eu posso ver o céu, com 3 minutos pra ir.
E é muito ruim para um homem que não quer morrer, com 2 minutos pra ir.
Eu posso ver as aves, posso ouvir a multidão, 1 minuto pra ir.
E agora estou balançando, mas ai vo-o-o-o-o-o-u eu.

J. Cash

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

rs

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Se for tentar...


Se você for tentar, vá até o fim 

Senão, nem comece.

Se você for tentar, vá até o fim.

Isso pode significar perder namoradas, esposas, parentes, empregos e talvez sua cabeça.

Vá até o fim. isso pode ser não comer por 3 ou 4 dias. 

Pode ser congelar em um banco de praça. 

Pode ser cadeia; Pode ser o ridículo, chacota, isolamento. 

Isolamento é benção. 

Todo resto é um teste na sua Resistência, de quando você realmente quer fazer aquilo. 

E você vai fazer

Independente da rejeição e das piores dificuldades. 

E será melhor do que qualquer outra coisa que você possa imaginar.

Se você for tentar, Vá até o fim. 

Não existe outra coisa que vá te fazer sentir Isso. 

Você estará sozinho com os Deuses e as noites se inflamarão em chamas.

Faça. Faça. Faça. Faça.

Até o fim. Até o fim. Você guiará sua vida direto para o riso perfeito. 

É a única boa briga Que existe.


Charles Bukowski

domingo, 21 de setembro de 2008

SOBRE MACHADO (Por Janer Cristaldo)


Não gosto de caju. Nem de goiaba. Muito menos de Coca-Cola. Pepsi, ni pensar. Pensando bem, não gosto de refrigerante nenhum. Vinho rosé, muito menos. Até hoje, pelo menos, nunca ninguém acusou-me de preconceito em relação a caju, goiaba, Pepsi ou vinho rosé. Mas basta dizer que não gosto de Machado de Assis, lá vem a acusação: preconceito.

Ora, preconceito seria se eu jamais tivesse lido o Machado e afirmasse não gostar de sua leitura. Não é o caso. Li os principais romances de Machado e muitas de suas crônicas. Não vou afirmar que seja um escritor medíocre. Mas não consigo gostar. Trata-se de um pós-conceito: digo que não gosto após tê-lo lido. É curioso observar que quando elegemos um vinho, damos preferência a vinhos estrangeiros. Uísque, idem. Carro, também. Por que raios, na hora da literatura, tenho de preferir a nacional?

Nasci no Brasil, mas me criei embalado pelas coplas de Fierro. Quando ainda vivia no campo, antes mesmo de buscar as vacas para a mangueira, em torno ao fogo no galpão, meu pai me recitava os versos de Hernández. Eu não sabia quem era Hernández, provavelmente meu pai também não. Imaginávamos que Fierro era um gaúcho daqueles pagos, talvez até mesmo de nossa época. E nisto reside a importância de uma obra, quando o personagem mata o autor. Quando Hernández morreu, um jornal argentino noticiou:

Se murió el senador Martín Fierro

Lá pelos dez anos, conheci cidade. Não que tenha esquecido Fierro, suas coplas ficaram guardadas num desvão da memória. Mas havia uma biblioteca na prefeitura de Dom Pedrito e naquela pequena biblioteca estava o suficiente para nutrir o espírito de um jovem. Nela, li Platão e Cervantes, Balzac e Montesquieu, Voltaire, Flaubert e Maupassant. Quando fui ler Machado, já estava enamorado pela grande literatura.

Mais tarde, em Porto Alegre, mergulhei em Swift e Dostoievski. Foi certamente nos bares, e não na universidade, que descobri a melhor literatura. Li ainda Koestler e Orwell, Somerset Maugham, Papini e Pitigrilli. Descobri Nietzsche, leitura que mudou meus rumos. Machado foi ficando cada vez mais distante, com sua preocupação ridícula, mesmo para o século XIX, sobre se Capitu traiu ou não traiu Bentinho. Cervantes ironizava a humana loucura, Dostoievski estava discutindo religiões e o assassinato, Swift vituperava o gênero humano, Nietzsche decretava a morte de Deus, Marx planejava uma revolução. Enquanto isso, o Machadinho estava preocupado com um reles caso de infidelidade conjugal.

Nunca consegui gostar de Machado. Admito que escrevia bem, mas era muito raso como escritor. Em algum momento da história, tomou força a idéia que a literatura define uma nacionalidade. Criou-se então um afonsocelsismo na literatura nacional. É preciso louvar autores nacionais. E se entre eles não houver um que preste, elege-se um. Ora, quando leio, não estou preocupado com reflexões sobre ser brasileiro. Prefiro autores que me falem do ser humano.

Veja desta semana, na esteira do centenário da morte de Machado, o saúda como “gênio da virada do século XIX para o XX”, como “um escritor atual, de uma vitalidade artística única no panorama brasileiro e mundial”. Brasileiro, vá lá! Afinal Machado é empurrado goela abaixo de adolescentes, como leitura obrigatória na escola e nos vestibulares. Daí a considerar Machado importante no panorama mundial, vai uma grande distância.

As traduções do escritor carioca no Exterior são obras de embaixadas que precisam vender algum produto tupiniquim. Também são produto de intercâmbios universitários. Sempre rendem bolsas, tanto no Brasil como lá fora. Machado é boa mercadoria, não fere convicções. Afinal, jamais tomou partido em relação a filosofia nenhuma. Neste centenário de sua morte, cita-se muito a inclusão de seu nome no cânone da literatura ocidental de Harold Bloom. Ora, Bloom já admitiu que seu cânone dependeu de encomenda de editoras. Se não pusesse Machado no cânone, é claro que não seria publicado no Brasil. Além disso, sequer menciona Hernández, o poeta maior do continente latino-americano. Trecheei seu ensaio numa livraria. Quando vi que não mencionava Hernández, deixei-o de lado.

Na universidade, o carioquinha impulsiona muitas carreiras. Se você escreve sobre Machado, entra automaticamente em bibliografias nacionais e internacionais, é chamado para deitar falação em simpósios e colóquios, ganha viagens, bons hotéis e excelente restauração. Machado é aposta certa, não há como perder. Acadêmico algum ousa atacar Machado. Viraria leproso na academia.

“Sê como o Machado, que perfuma o vândalo que o fere”, disse um PhDeus uspiano pretendendo criar um calembour engraçadinho. Talvez se referisse ao Millôr Fernandes, que o considera um escritor de segunda categoria. Ou talvez a Paulo Francis: “aquele mulatinho jamais devia ter aberto a boca”. Eu não chegaria a tanto. Mas, a partir da reação de leitores, concluí que não gostar de Machado é crime de lesa-pátria.

Não sou acadêmico, não disputo bibliografias, viajo, bebo e como com meu dinheiro. Não preciso louvar Machado para passar bem. Mesmo que precisasse, não louvaria. Não gosto e me reservo o direito de não gostar. Antes dele, há centenas de autores mais importantes na literatura universal.

A machadianos e machadistas, lanço um desafio. Não obriguem mais escolas e universidades a ler Machado. Joguem-no no mercado livre, ao sabor da oferta e da procura. E quero então ver se algum editor ousará editar o carioquinha.

domingo, 31 de agosto de 2008

Questões da vida cotidiana

Por que nos filmes onde os personagens principais são negros, a mulher dele é sempre mais clara? Quero dizer, é negra, mas mais clara, entende? Tipo creme com chocolate! Será que não existem na lista de atores, negras, negras?

Por que os professores diante de dois alunos que solicitam um comentário ou pergunta, o professor sempre dá automaticamente a prioridade de voz ao mais escuro entre os alunos?

Por que mesmo sabendo que não devemos perguntar pelo passado das mulheres, sempre acabamos perguntando?

Por que não nos avisam nos panfletos de sinopse da missa católica quando é hora de sentar, levantar, ajoelhar, ou dar as mãos?

Por que quando mudam a mão de uma rua, colocam placas de sinalização voltadas somente para motoristas, e nunca uma placa para pedestres? Somos nós que acabamos atropelados!

Por que alguns alunos terminam as provas antes, mas só entregam a prova depois de estourado o prazo? E ainda ficam desesperados quando o professor anuncia que está terminando o tempo.

Por que shows ocorrem quase sempre depois das 22:00? Por que não são marcados para mais cedo?

Por que normalmente os simuladores de carro dos fliperamas não têm embreagem, nem seta?

Por que nos barcos de passeio as bóias e coletes ficam fortemente amarrados na lateral do casco, ou guardados em uma sala que só o capitão tem a chave? Olha, se afundar, até nós desamarrarmos os coletes, estaremos nadando com os peixes.

Por que os escapamentos de carro não são virados para cima como chaminés e os de ônibus? Pelo menos assim a poluição mais direta iria para cima e não para os pedestres.

Por que os policiais em alguns países usam sapatos ao invés de tênis? Já experimentou correr de sapatos?

Por que a seqüência de canais do telecine na TV é diferente da grade oferecida no site?

Por que as estradas têm curvas até mesmo onde não há serras, se a menor distância entre dois pontos é uma reta? E não venham com o argumento de que elas servem para você não dormir, porque muitos dormem, e justamente nas curvas. Se for para acordar, porque não colocam uma lombada a cada 5 km?

Por que Cristo aparece nos crucifixos com os cravos enfiados na palma da mão, e não no pulso, como era o costume romano?

Por que dizem que devemos dar prioridade para mulheres ao entrar nos lugares, se elas não são menos capazes do que nós para entrar?

Por que dizem que homens não choram quando sentimos dor, se elas têm 5 vezes mais resistência à dor do que os homens deveria ser o contrário, não é?

Por que na maior parte das vezes os horários de vôos são tão malucos? Do tipo: 19:48, 09:12, 15:59.

Por que não podemos usar celular nos postos de gasolina, sendo que todo o sistema elétrico do carro está ligado, e as luzes do posto também?

Por que quando somos canhotos usamos o relógio na mão direita, e não podemos usar a aliança na direita também? Diminuem os riscos de causar danos ao objeto pelo menor uso de uma mão, então deveríamos trocar a aliança de mão também.

Por que fazem sapatos com a sola toda em madeira lisa? Elas escorregam; não têm aderência nenhuma. Sem falar que fazem barulho de salto feminino.

Por que precisamos fazer mestrado e elaborar uma tese para dar aulas, se o que ensinamos é o óbvio?

Por que nas aulas de educação física os homossexuais preferem o vôlei, e nos clubes profissionais ainda não consegui perceber nenhum?

Para que serve um coreto em uma praça?

Será que lavam as roupas que experimentamos nas lojas?

Por que no teatro nos proíbem de comer e beber, enquanto nos cinemas temos que agüentar o croc-croc das pipocas?

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A arquitetura das aranhas

  Esse blog apresenta algumas obras de arte feitas por aranhas, confiram em: teias-de-aranha-arte-e-arquitetura

domingo, 24 de agosto de 2008

Bebê de atitude

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Lista idiota

    Assim como boa parte das pessoas, eu também odeio essas listas que passam de vez em quando pelo nosso e-mail. Hoje, por exemplo, recebi uma dessas listas. E para não sacanear a brincadeira e ao mesmo tempo atender o escopo sem precisar spamear, eu resolvi publicar o e-mail aqui (também porque não tinha nada para postar):

" LEIA ANTES DE VER A FOTO.........
Esse cara da foto foi passear no subúrbio de Sundarbans Park com amigos e pediu para um deles tirar uma foto. Quando o amigo Estava tirando a foto, ele deu um grito e desmaiou, morrendo dois Dias depois. Não sei se o cara que tirou a foto ou o cara que 
aparece na foto. Foi diagnosticado um ataque cardíaco. 
Quando revelaram a foto, (máquina não era digital) havia uma mulher parada  do lado do cara. Os amigos juram que ele estava sozinho. Muitas Pessoas dizem que isso é montagem. Mas a foto realmente é assustadora. 
Um oficial da marinha enviou para 13 pessoas e foi promovido. 
Um executivo jogou fora e perdeu o emprego. 
Uma dona de casa mandou para 31 pessoas e ganhou na loteria (foi pouco, mas ganhou) Um esportista não mandou e achou graça, quebrou a perna no primeiro jogo. Um bancário, desconfiado mandou só para 5 pessoas e foi preterido na vaga de chefia. Portanto, não seja estupido. Envie para 13 tem que ser 13 ou mais) pessoas e algo de bom acontecerá a você. Não envie para a pessoa que te enviou (pelo amor de Deus). Você deve estar pensando 'Mas que pô...... Por que eu fui abrir Esta mensagem?!!! Mas eu também já reclamei, então para de falar e repassa logo....!"

domingo, 17 de agosto de 2008

Cartoon By A.Sabão

Cartas a Cioran - I

Ontem fumei dois maços de cigarro e me engasgava bebendo água. A sede era grande, mas o medo do mal estar dissuadia ainda mais. Uma afta doía na ponta da minha língua, e eu a ralava no filtro do cigarro aceso. Minha cabeça coçava; ferida ela latejava, mas não conseguia parar. Por que parar se ela coçava? Quase deitado e completamente torto, li algumas páginas do livro que encontrei no sebo. Tão seboso, o livro fedia a resto; não podia ser diferente, ele jazia em sua inércia nas catacumbas da tulha de entulhos. Pensei em quantas mãos perscrutaram aquelas páginas ásperas e cheias de rejeito celular, esperando encontrar algum conhecimento.

Toda a movimentação parece estranha agora. As ruas? Sempre cheias de pessoas; coisas para cá; coisas para lá. Barulho; ruído das gentes que parecem não cansar. Ai, que cansaço!

Cá, em minha mente, quase nada faz mais sentido. Nem sentindo mais estou. O que sentir? Alguma coisa vale mais a pena sentir, ou pensar? Carcomi as beiradas carnudas dos meus dedos sem antes devorar o cálcio das unhas; e nem uma mísera gota de criatividade foi mijada. Descobri que não ouvia bem. Para quê ouvir, se tantas besteiras são ditas? Constancia certa é a da fluidez de estupidez. O pensar das gentes é tão volumoso quanto um panfleto de promoção. O falar então; caudalosa diarréia de disparates.

Lembro do hospital. As fisionomias de beatas; mártires. Que lugar estranho! Os sujeitos estão sempre com a cara de quem aguarda o ministério episcopal. Isso me leva a pensar que hospitais são como igrejas, todos aguardam em silêncio respeitoso, uma cura. O médico, aquele padre com ar de quem conhece o caminho, segue guiando o rebanho.

Já repararam nos porteiros dos prédios? Na noite eles ligam seus rádios; ouvem dormitando, os radialistas da madrugada falarem em voz sonolenta os sacrilégios que o dia censura. São colunistas do acontecido; jornalistas da rua. O tédio da escuridão perde vigor quando amanhece o dia e eles estarão quase eufóricos e prontos a informar as efemérides. Cada morador é um ouvinte em potencial, e eles pararão para cumprir seu papel no teatro das banalidades da vida. Queria saber como são eles em suas casas, com suas esposas e filhos. Na mesa; no almoço; no sofá.

E os mendigos? Outro dia encontrei uma cena curiosa. Dois mendigos discutiam desgraçadamente. Debatiam o jantar (era o que eu entendia da situação). Acusavam-se mutuamente de traição alimentar. Sempre soube que a fome tornam os homens menos racionais e mais instintivos. Não sei se banqueteados seriam mais racionais do que não eram. Os dois quase se matavam, enquanto a mulher desgrenhada deitada debaixo do cobertor cinza, comia a marmita pantagruélica. Duas marmitas para três infelizes!

Minha preocupação ganhou novos contornos com a construção ao lado. Bate estaca, cedo já me incomodava. Britadeiras, marteladas, caminhões entrando e saindo. Descobri quanto somos sugestionáveis. A barulheira condicionou-me. Passei a pensar nos intervalos da barulheira; piscava no golpear e respirava em seguida. No dia dominical, a pausa do trabalho é certa, se não fosse o senhor amolador. Sujeito com uma voz que lembra uma hiena, e potencialidade para cantor de uma daquelas baladas nordestinas. E devo reconhecer, ele nunca se fez de rogado quando era preciso atormentar o dia de descanso. Abria a bocaça e dava início ao mantra: “Amoladoooorrr, amola faca, facão, canivete, para a senhora cortar seu salmãããooo”. O lazarento ser não se cansava, mas mantinha pausas de cinco passos; momento no qual empurrava seu carrinho. Carrinho que grunhia como um carro de boi. Com ressaca da madrugada de sábado para domingo, e contaminado pela raiva, eu abri a janela rastejando, e com o restante das forças que me restava, gritei: “Amolador filho de uma %¨&#$!@, você é uma amolador mesmo. Amola todo mundo. Suma daqui seu filhote do diabo!”. O puto calou-se por algum tempo. Ouvia o ruído do carrinho se distanciar. Há uma certa altura, escutei ele retomar a ladainha ao longe. Não sabia ele do risco que corria.

Em casa a paz parece reinar em alguns dias. E a leitura pode ser feita sem mais preocupações. Mas contudo, ainda estava lá aquela obra fugitiva. Alguma coisa ainda cuspia aqueles caracteres ocidentais. Verborragia da velha obra; usada tantas vezes e por tantos diferentes. Velha prostituta! Segue pela eternidade em seu ofício de ser usada. Talvez um dia encontre o descanso. Creio que o dia em que te depositar em algum sebo, você encontre esse repouso. Volte a jazer, e não terá mais nenhum dono. Ou ainda te jogo no lixo para garantir seu futuro.

      Ando muito estranho mesmo. E a culpa é sua, Cioran.

     Ass: Bernardo Waechter Dayrell.

sábado, 9 de agosto de 2008

A aula mais longa do mundo

E você reclama da duração da tua aula? Então veja a proposta desse professor colombiano: Aula mais longa do mundo.  

quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Batman, o cavaleiro das trevas (Heath Ledger, o Coringa)



      Um amigo me disse há algumas semanas para eu assistir o novo filme do Batman. Segundo ele, que não havia visto ainda, mas que lera as críticas “about”, o filme era o melhor do ano, e o ator que interpretou o Coringa teria sido genial. Bom, eu fui ao cinema com a minha alemoa. A decisão de ir já foi um problema à parte. Enquanto eu preferia ir ao cinema cultural por assim dizer, assistir algum filme no Belas artes ou Usina, ela queria porque queria ir assistir a hollywoodiana “película”. Como sempre acontece nos casais que precisam decidir algo, a mulher acaba vencendo pelo cansaço. Fomos ao cinema de massa, assistir um filme de massa. 
     Confesso que alimentei minhas expectativas, e acabei decepcionado. Nem tanto pelo filme que, por sinal, é um bom filme, e mais pela tal interpretação de Heath Ledger. Falar que ele foi genial na interpretação é puro excesso do sensacionalismo de tablóide. Ele não tem nada de muito especial, é um bom ator, fez uma boa interpretação, nada mais do que isso. A personagem do Coringa ajudou muito. É uma personagem intrigante, inteligente, politicamente incorreto, blasfemador da moralidade plebéia; e isso o torna, por si mesmo, atraente. Quando Jack Nicholson interpretou o Coringa, a fascinação foi semelhante. Tanto Jack Nicholson quanto Heath Ledger tiveram o benefício da personagem, mas Heath Ledger teve três pontos a mais: os diálogos bem elaborados, a morte pós-filme; pré-estréia, e o tempo. Todos sabemos como a morte dos artistas acrescenta uma aura mórbida e sedutora à imagem. Já os diálogos, foram muito marcantes, possuíam o tempero certo de choque, inteligência e clareza concisa. O terceiro fator, o tempo, é algo que poucos perceberam, mas se repararem bem, verão que foi dado uma proeminência maior para a personagem do Coringa. Os fatos mais chamativos e os diálogos mais ovacionados, tinham o Coringa como o antagonista mais protagonista do que nos filmes anteriores. Três fatores que, indubitavelmente, iluminaram as línguas críticas e aguçaram a curiosidade das massas. 

      

       Não discuto mais o mérito. Heath Ledger teve os seus, assim como Jack Nicholson também. Ambos personagens esféricas. Mas pirotecnia sensacionalista à parte, Heath Ledger deu vida ao Coringa; mas o Coringa eternizou a morte de Heath Ledger. 
       E para não dizerem que deixei o filme de lado, esse novo filme do Batman foi o mais realista. Até as cenas mais bizarras tinham um “Q” realista que outros filmes da série não continham. A cidade de Gotham é mais realista; a vida do Batman e dos coadjuvantes também; tiraram o marcante porém cômico, “gás do riso”, e acrescentaram um humor mais psicopata e verossímil. Com certeza, o melhor filme do Batman já rodado.   

Ficha Técnica:   

Título Original: The Dark Knight 
Lançamento (EUA): 2008
Estúdio: Warner Bros. Pictures / DC Comics
Direção: Christopher Nolan
Roteiro: Jonathan Nolan e Christopher Nolan
Produção: Christopher Nolan, Charles Roven e Emma Thomas   

Elenco: 

Christian Bale (Bruce Wayne / Batman)
Michael Caine (Alfred Pennyworth)
Heath Ledger (Coringa)
Morgan Freeman (Lucius Fox)
Gary Oldman (Tenente James Gordon)
Aaron Eckhart (Harvey Dent / Duas-Caras)
Elenco: Christian Bale (Bruce Wayne / Batman)
Michael Caine (Alfred Pennyworth)
Heath Ledger (Coringa)
Morgan Freeman (Lucius Fox)
Gary Oldman (Tenente James Gordon)
Aaron Eckhart (Harvey Dent / Duas-Caras)



terça-feira, 5 de agosto de 2008

Veja seus conhecimentos de geografia e bandeiras

Asdezmaiorespalavrasdalínguaportuguesa

1º. Pneumoultramicroscopicossilicovulcanoconiótico (46 letras)

Relativo a uma doença pulmonar aguda causada pela aspiração de cinzas vulcânicas

2º. Paraclorobenzilpirrolidinonetilbenzimidazol (43 letras)
Substância presente em medicamentos como o Ultraproct

3º. Piperidinoetoxicarbometoxibenzofenona (37 letras)
Substância presente em medicamentos como o Baralgin

4º. Tetrabrometacresolsulfonoftaleína (35 letras)
Termo específico da área de química


5º. Dimetilaminofenildimetilpirazolona
 (34 letras)
Substância ativa em vários comprimidos para dor de cabeça

6º. Hipopotomonstrosesquipedaliofobia (33 letras)
Doença psicológica que se caracteriza pelo medo irracional (ou fobia) de pronunciar palavras grandes ou complicadas

7º. Monosialotetraesosilgangliosideo (32 letras)
Substância presente em medicamentos como o sinaxial e o sygen

8º. Anticonstitucionalissimamente (29 letras)
Maior advérbio da língua portuguesa, significa o mais alto grau de inconstitucionalidade

9º. Oftalmotorrinolaringologista (28 letras)
Profissional especializado nas doenças dos olhos, ouvidos, nariz e garganta

10º. Inconstitucionalissimamente (27 letras)
Sinônimo de anticonstitucionalissimamente


O recado de Einstein

     Este site fornece o serviço de Einstein mandando o recado que você quiser. Confira aqui: Einstein.

Análise ocular

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Acredite, um espírito baixou em mim


Às vezes eu odeio a palavra escrita. Tentamos passar o que vemos e nem sempre o que vemos quer ser transcrito. Bom, acontece que no último domingo eu e a minha “alemoa” fomos ao teatro, especificamente o teatro do Imaculada no bairro de Lourdes aqui na capital das alterosas. A peça é “Acredite, um espírito baixou em mim” de  Ronaldo Ciambroni, com direção de Sandra Pêra e com a presença de dois excelentes atores e produtores de comédia: Ilvio Amaral e Maurício Canguçu.

O enredo desenrola após a morte de um sujeito “fresco” num acidente na volta da festa da FIAT. A entrada de Ilvio Amaral na personagem do espírito gay desencarnado é um espetáculo à parte. “Lolo” adentra interagindo com o público e utilizando acontecimentos recentes para atualizar o roteiro, ele consegue arrancar da platéia as gargalhadas mais espontâneas. Esquece a comédia forçada que vemos na tv e em outras peças de segunda categoria, aqui, a comédia é feita com excelência.

A peça conta a história do espírito gay de Lolo (Ilvio Amaral), que resolve fugir do céu para virar um encosto. No apartamento de Vicente (Maurício Canguçu), machão e noivo de Normanda (Luiza Ambiel), perua das mais escandalosas; Lolo se apaixona por Lucas, irmão de Normanda. Os dois moram juntos, vivem bem até a chegada do encosto homossexual que, criando confusões e enganos nos personagens vivos, provoca boas risadas no público. A uma certa altura da peça, Lolo briga com o anjo que quer leva-lo de volta ao céu, e solta esta aqui:

“Estou evacuando e locomovendo procê, bicha!”

Em outro momento, Normanda (Luiza Ambiel) entra triunfante com uma roupa colada de tigresa, e Lolo, comenta:

Que mulher que sabe ser feia, meu Deus! Com essa roupa parece mais uma jaguatirica de Itaúna. Deve ter comprado a roupa no shopping Oiapoque (Centro para compras de contrabando aqui de BH)”.


      “Acredite, um espírito baixou em mim” é feita por mineiros, e está em cartaz a mais de 10 anos, com mais de 600 apresentações, sempre com casa cheia. Em 2006 recebeu uma versão para o cinema. Para quem não viu, fica uma dica para o fim de semana. Em BH a peça só volta em janeiro de 2009, já que este segundo semestre eles estarão pentelhando no Rio de janeiro. Em 2009 estão marcadas temporadas em São Paulo também. Acreditem, a peça é muito boa! 

       Transcrevendo parte de um texto do site da peça: "Agora, esses comediantes mineiros partem para temporadas em outros estados, levando o seu humor leve e saboroso como pão de queijo. Bom proveito!"

Sobre o filme: Filme da peça