“O sono da razão produz monstros.” Francisco de Goya
Tem filmes que possuem um público bem específico; é o caso de “Sombras de Goya”. Em um ambiente completamente funesto, obscuro e sujo; Francisco Goya leva sua vida artística entre favores sorridentes aos poderosos e críticas artísticas aos mesmos. Sua vida se altera quando ele se deixa envolver pelo sofrimento alheio. Daí em diante, a presença do desejo ou obrigação de ser solidário o leva a tomar atitudes que não seriam o foco inicial de sua personalidade.
A Espanha no fim do século XVIII, e inicio do século XIX, recheados de acontecimentos como a queda dos regimes absolutistas, as invasões napoleônicas e os altos e baixos da gangorra do poder, encontram em Goya, um artista que parece manter a serenidade diante dos fatos turbulentos daquele tempo. Esse mesmo Goya, artista que transita entre a crítica ácida à igreja católica, e a inevitável necessidade financeira que brota da aristocracia que ele presta seus serviços artísticos; vê esse mundo em caos, e puxado para dentro dele numa série de acontecimentos e desgraças particulares que o forçam a agir.
Os porões do santo ofício da inquisição; a vida aristocrática; a decadência social; a obscuridade em meio a movimentos iluministas e reacionários envolvem essa trama semimedieval.
A fatalidade das contingências da vida é o ponto nefrálgico deste filme. Sua temática é compreendida no fim, quando a fatalidade parece ser o fim derradeiro de todos os acontecimentos.
Informações Técnicas:
Título Original: Goya's Ghosts
País de Origem: Espanha
Gênero: Drama
Classificação etária: 14 anos
Tempo de Duração: 118 minutos
Ano de Lançamento: 2006
Site Oficial: http://www.losfantasmasdegoya.com
Direção: Milos Forman
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