Nesse mundo onde a criatividade plagiada é abundante e a criatividade original está em extinção, acaba nos restando a pouca exigência diante da cultura moderna. A comédia dos hábitos humanos, que me fazem lembrar Honoré de Balzac e Nelson Rodrigues, é a grande válvula de escape para todo o tédio e mesmice criativa. Entretanto, até esse tipo de ironia mundana tem desaparecido no mar da cultura de massas. Vejam o exemplo de BORAT. O que esse ator judeu-britânico de nome Sacha Baron Cohen tem feito é uma banalidade; uma receita já conhecida de crítica de hábitos ocidentais. Mas o que me entedia nos personagens dele é a ingenuidade forçada, é aquela crítica tendenciosa; são os trejeitos copiados dos grandes humoristas; são os objetos de crítica fácil; as miscelâneas de estilos modernos para se falsear algo novo. Não digo que o filme não é hilário; ele é, sem duvido alguma; mas é tão falso e sem originalidade quanto um tênis do Paraguai de nome: “Naike”. Mas se vocês querem dois contra-pontos da comédia moderna, vejam Borat, e depois assistam “Pequena miss Sunshine”. Esse último é original e absorve as críticas no conteúdo do enredo, enquanto o primeiro pinta uma imagem plagiada e industrial fingindo ser original e crítico-alternativo. Mentem para os de bom gosto com a universalização forçada do gosto popular.
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